Milhares de satélites artificiais orbitando a Terra

Tecnologia satelital: uma revolução silenciosa no espaço em benefício da humanidade

Soluções que dialogam com o futuro, satélites artificiais facilitam a vida moderna e impactam positivamente governos, empresas e comunidades 

A vastidão do universo fascina por diversas razões. Seja pela busca por “respostas” para questionamentos existenciais, ciência, progresso ou, até mesmo, por ambição, os mistérios do espaço despertam curiosidade e entusiasmo inegáveis nas pessoas. 

No foco das atenções, os satélites artificiais personificam uma revolução silenciosa que acontece no cosmos, com a finalidade de tornar a vida na Terra mais fácil. Potências catalisadoras de feitos extraordinários, executam serviços essenciais que, muito mais do que moldar a sociedade moderna, abrem novas fronteiras para o progresso.

Criados pelo homem e equipados com câmeras, sensores, instrumentos e sistemas que mudam conforme sua missão, esses dispositivos coletam dados e imagens da superfície e atmosfera de qualquer local do planeta. Vigiam praticamente tudo, com capacidade e precisão surpreendentes. 

O papel dos satélites no mundo moderno e sua importância

Desenvolvidos inicialmente para viabilizar a transmissão e recepção de sinais siderais – o Sputnik 1, lançado em 1957 pela antiga União Soviética, foi o primeiro a desbravar o espaço –, à medida que novas tecnologias aeroespaciais vão surgindo, mais os equipamentos orbitais evoluem. 

Antes meros instrumentos para missões experimentais de exploração espacial, os satélites artificiais ocupam, hoje, papel de protagonistas rumo a tão desejada conectividade global. Vitais para a humanidade se adaptar aos paradigmas introduzidos pela Revolução Informacional, tornaram-se elementos-chave de integração entre o mundo analógico e o digital. 

Considerados, pois, a “espinha dorsal da inovação”, vêm sendo utilizados para diversas finalidades que geram benefícios diretos para a sociedade, o meio ambiente e a economia.

Tipos e funções dos equipamentos orbitais

Do levantamento de informações e imagens sobre acontecimentos astronômicos às características da Terra e seus eventos – sejam eles naturais ou decorrentes da ação do homem –, a gama e valor dos dados gerados pela infraestrutura satelital impressiona.

Plataformas estruturadas para suportar dispositivos distintos, os satélites são classificados de acordo com o propósito para o qual foram projetados, o que inclusive determina seu design e órbita. Podem ser:

  • Meteorológicos: usados para monitorar as condições atmosféricas da Terra, fornecem elementos essenciais para estudo do clima, previsão do tempo e prevenção de catástrofes como, por exemplo, formações de nuvens, padrões de tempestades, limites das correntes oceânicas, qualidade do ar, efeitos da poluição e outras referências que permitem acompanhar as mudanças climáticas; 
  • Observação da Terra: servem para observar a superfície terrestre. Ou seja, para supervisionar a saúde das florestas e culturas agrícolas, desmatamentos, fontes e meios hídricos, derretimento de geleiras, a evolução dos ecossistemas e a expansão das cidades, entre outros fatos que auxiliam na manutenção dos recursos naturais, no crescimento urbano planejado e na resposta a desastres;
  • Navegação: constelação de satélites que opera em triangulação, formam um sistema global de navegação por satélite (GNSS) capaz de informar, em tempo real, a topografia de áreas e a posição e localização exatas de um objeto ou receptor, seja em terra, mar ou ar. Os GNSSs mais conhecidos são o GPS (Estados Unidos), o GLONASS (Rússia), o Galileo (União Europeia) e o BeiDou (China), que atuam de modo interoperável; 
  • Comunicação: responsáveis por distribuir os sinais de telefonia, internet, rádio e TV, representam mais da metade dos satélites em órbita. Agem como estações repetidoras, recebendo sinais de telecomunicações enviados de um ponto do planeta e os retransmitindo para outro ponto. Capazes de contornar a curvatura da Terra e tornar a comunicação a longa distância possível, fornecem conectividade inclusive em regiões remotas e sem infraestrutura;
  • Militares: construídos e operados por forças armadas para auxiliar em operações de defesa e segurança nacional, são especificamente destinados para fins militares de vigilância, comunicação, alerta avançado, navegação e reconhecimento. Fotografam territórios com altíssima precisão, auxiliando no monitoramento de áreas e tratados, na identificação de alvos, coleta de informações de inteligência etc.;
  • Científicos: equipados com telescópios e sensores, observam e captam imagens do universo em sua totalidade, sem a interferência da atmosfera terrestre. Ao prover  dados cruciais sobre o sistema solar, planetas, galáxias, formação de estrelas, buracos negros e demais manifestações cósmicas, direcionam para um melhor entendimento sobre o nosso passado, presente e futuro.

Em suma, esses artefatos espaciais ultra tecnológicos que convertem inspeção em conhecimento, possibilitam decisões mais fundamentadas e efetivas em escala global. Não à toa, estão transformando a maneira como governos, indústrias e os seres humanos entendem e interagem com o planeta.

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